terça-feira, 24 de julho de 2012

A linguagem divina


                               Dizem que um professor de hebraico numa universidade inglesa iniciou sua preleção com as palavras:- Senhoras e Senhores, esta é a língua que Deus falava. Talvez isto estivesse sendo um pouco exclusivista, mas tinha boa razão para isso. Uma considerável parte das sagradas escrituras da cultura ocidental foi indiscutivelmente escrita nessa língua antiga.
                               Há vinte e duas letras do alfabeto hebraico. São todas consoantes. Os sons vogais, ou pontos, foram acrescentados posteriormente. Diz a lenda que, durante a Criação, Deus fez desfilar diante de si as vinte e duas letras e "viu que eram boas". Recebida a aprovação divina, as letras foram consideradas sagradas, cada uma representando uma idéia e um som.
                               A forma atual das letras é semelhante aos objetos que originalmente se supunha que representassem. Desse modo, Shin, a vigésima primeira letra, representa o dente da serpente, enquanto Kaph, a décima primeira, uma palmeira. A esta altura você deve estar se perguntando se precisará aprender o hebraico antes de compreender a Árvore e utilizá-la.
                               A resposta é um simples NÃO. A Árvore é um sistema universal de relações. Pode ser expressa em qualquer língua e época.
                               Porque estamos fazendo digressões sobre o hebraico?
                               Antes de tudo porque as idéias cabalísticas foram originalmente expressas em hebraico e muitas obras subseqüentes, como os elementos da "Aurora Dourada", basearam grande parte de suas teorias e práticas nas letras e seus significados.
                               Em segundo, porque centenas de estudiosos do ocultismo, meditando e trabalhando sobre elas no ritual, tornaram o hebraico uma espécie de centro do inconsciente da Tradição Cabalista Cristã. O moderno Cristão, assim diz a teoria, pode, através da reflexão sobre as letras, sintonizar esse conjunto de idéias e experiências.
                              Há vinte e duas letras, todas consoantes. O hebraico não tem nenhum sinal para os números, de modo que se dá a cada letra um valor numérico.
                              Os antigos rabinos usavam essa característica, desenvolvendo uma forma de numerologia chamada gematria. Se os valores das letras isoladas que compõem uma palavra são totalizados, a soma obtida pode ser comparada aos resultados ajustados a outras palavras. Todas as palavras com um total comum são consideradas como tendo uma afinidade especial.
                               Os cabalistas dividem as letras em três grupos: letras-mãe, letras duplas e letras simples. Há três letras-mãe, sete duplas e doze simples.

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