sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Arvore da Vida


                                A Qabalah é chamada de Árvore da Vida porque é representada por Dez Esferas interligadas, cada qual representando um Princípio-Regente. Essas esferas-princípios são chamadas de Sefirats.
                                A Árvore da Vida é um diagrama que representa todas as forças e fatores atuantes no universo e na humanidade. Não existe nenhuma característica, influência ou energia que não seja suscetível de representação na Árvore. O começo, o fim e os caminhos intermediários, todos são representados. Pode-se assim ver o passado, o presente o o futuro nas Dez sefirats e nos vinte e dois caminhos que as ligam.
                                 Somos, naturalmente, construtores de formas. Todo o nosso passado foi consumido numa luta corpo a corpo com a forma, pois mesmo os reinos etéricos do plano mental são túrgidos e restritivos para o espírito. Não é de surpreender, portanto, que a personalidade - ela própria uma complexa forma mental e emocional - veja forças abstratas em símbolos concretos.
                                 Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança e fazemos o mesmo com o nosso universo interior - nossa percepção das forças abstratas é personalizada ou formalizada de acordo com o nível da nossa compreensão do momento. Os Titãs, os deuses olímpicos e os deuses com cabeça de animais do Egito são formas feitas pelo homem.
                                 Os arcanjos, os anjos, serafins e querubins, os elementais e as fadas do folclore são personificados em formas aladas, anões, rodas ardentes, pilares de fogo, etc. segundo a profundidade da nossa percepção e os limites do nosso suprimento de imagens mentais. Os símbolos personalizados são palavras no vocabulário dos ocultistas. Com as palavras de que nos servimos na vida diária, eles representam realidades; só há ameaça de perigo quando elas são tomadadas erroneamente pelas realidades que representam.
                                  O ocultismo jamais pode ser restringido a uma série de fórmulas rígidas. A experiência humana é individual e alguns aspectos dela podem ser singulares. Tampouco duas pessoas reagem do mesmo modo a uma experiência. Há, por conseguinte, pouco valor em adquirir um livro sobre a Cabala com uma série de poderes facilmente acessíveis e utilizá-lo como um substituto da experiência pessoal. O livro só pode servir para apontar o caminho.

O Alphabeto sagrado


                              A Qabalah compõe-se de diversos livros, sendo o mais expressivo dele o ZOHAR, obra atribuída ao rabino Simeon Ben Yochai, que viveu no século II. Zohar significa "Livro do Esplendor". Para um estudo profundo e exato da Cabala é necessário que isso seja feito em hebraico. O hebraico se constitui de 22 letras, consideradas alfabeto sagrado.
                              No hebraico as letras também são números, o que significa que o estudo da Cabala também requer estudos de alta matemática.
                             No idioma hebraico há três letras-mães, que são Aleph, Mem e Schin. Há sete letras duplas, que são Beth, Ghimel, Daleth, Chaph, Phe, Resch e Thau. E há doze letras simples ou elementares , que são He, Vo, Zain, Cheath, Teth, Iod, Lamed, Nun, Samech, Ayin, Tsade e Cuph.
                              O estudo da Qabalah está na raiz de quase todos os sistemas mágicos, e esse conhecimento é essencial a qualquer magista. Mas como requer um estudo muito sério e aplicado nem todo candidato a magista se submete ao rigor do estudo cabalístico, especialmente quanto a compreender o alfabeto hebraico, sem o que não pode haver nenhum estudo sobre a cabala.
                              O ponto de partida de toda cabala é o alfabeto. O alfabeto dos hebreus é composto de vinte e duas letras; entretanto, essas letras não são colocadas ao acaso, uma após a outra. Cada uma delas corresponde a um número, de acordo com a sua classificação, a um hieróglifo segundo a sua forma, a um símbolo segundo a sua relação com as outras letras. Todas as letras derivam de uma delas, o iod, como será explicado.
                              O iod as gerou da seguinte maneira:
a) Três letras mães:
A - (Aleph)
M - (Mem)
S - (Schin)

b) Sete letras duplas (duplas porque exprimem dois sons, um forte e positivo, e outro fraco e negativo) :
B - (Beth)
G - (Ghimel)
D - (Daleth)
Ch - (Chaph)
Ph - ( Phe)
R - ( Resch)
T - (Thau)

c) E doze letras simples, formadas pelas demais letras.
Cada letra hebraica representa três coisas:
1 - Uma letra, isto é, um hieróglifo ;
2 - Um número, o da ordenação da letra ;
3 - Uma idéia. Combinar as letras hebraicas é combinar números e idéias, daí a criação do Taro.

Mistérium Cabalisticus



                               Cabalá: aquilo que é recebido. Aquilo que não pode ser conhecido apenas através da ciência ou da busca intelectual. Um conhecimento interior que tem sido passado de sábio para aluno desde o despertar dos tempos. Uma disciplina que desperta a consciência sobre a essência das coisas.
                                Entramos neste mundo e nossos sentidos encontram sua crosta externa. Tocamos a terra com nossos pés, a água e o vento atingem nossa pele, recuamos perante o calor do fogo. Escutamos os sons e ritmos. Vemos formas e cores. Logo começamos a medir, a pesar e a descrever com precisão. Como cientistas, registramos o comportamento dos compostos químicos, das plantas, animais e seres humanos. Nós os gravamos em video-tape, observamos sob o microscópio, criamos modelos matemáticos, enchemos um supercomputador com dados a seu respeito. De nossas observações, aprendemos a domar nosso ambiente com invenções e engenhocas, e então nos damos um tapinha nas costas e dizemos: "Isso mesmo, conseguimos."
                                Mas nós mesmos, nossa consciência, que está examinando este mundo, residimos em uma camada mais profunda. Eis por que não podemos deixar de perguntar: "E sobre a coisa em si mesma? Aquilo que está lá antes que a medíssemos? O que é matéria, energia, tempo, espaço - e como vieram a ser?
                                 Para explicar nosso mundo sem examinar esta profundeza interior é tão superficial quanto explicar o trabalho de um computador descrevendo as imagens vistas no monitor. Se virmos uma bola movendo-se para cima e para baixo na tela, diríamos que está ricocheteando contra o fundo da tela? Os dispositivos na sua barra de rolagem exercem alguma força sobre a página dentro da tela? A barra do menu tem realmente os menus ocultos atrás dela?
                                 O autor de um software de uso facilitado seguiu regras consistentes para que você possa trabalhar confortavelmente dentro dele. Se for um jogo de alguma complexidade, ele precisou determinar e seguir um grande conjunto de regras. Mas uma descrição destas regras não é uma explicação válida de como isso funciona. Para isso, precisamos ler seu código, examinar o equipamento, e, mais importante - examinar a descrição de seu conceito original. Precisamos vê-lo da maneira que o autor o vê, como evolui passo a passo de um conceito em sua mente através do código que ele escreve, até os pontinhos fosforescentes minúsculos na tela.
                                  O código por trás da realidade, o conceito que instila vida às equações e as torna reais. Homens e mulheres sacrificaram seu alimento, seu conforto, viajaram grandes distâncias e pagaram com sua própria vida para chegar a conhecer estas coisas. Não há uma só cultura neste mundo que não tenha seus ensinamentos para descrevê-las. Nos ensinamentos judaicos, elas são descritas na Cabalá.
                                   Segundo a tradição, as verdades da Cabalá foram conhecidas por Adam (Adão). Aquilo que sua mente apreendeu, nenhuma outra mente pode conceber. Mesmo assim ele foi capaz de transmitir um vislumbre de seu conhecimento a algumas das grandes almas que dele descenderam, como Hanoch e Metushelach. Foram eles os grandes mestres que ensinaram Nôach (Noé), que por sua vez ensinou seus próprios alunos, incluindo Avraham (Abraão). Avraham estudou na academia do filho de Nôach, Shem, e enviou seu filho Yitschac para lá estudar, depois dele. Yitschac por sua vez mandou seu filho Yaacov estudar com Shem e com o bisneto de Shem, Ever.
                                    Adam, Nôach, Avraham - estes foram pais de toda a humanidade. Eis por que você encontrará alusões às verdades que eles ensinaram seja onde for que tenha chegado a cultura humana.
                                    Mesmo assim, a fonte essencial para a Cabalá não é Adam ou Nôach ou mesmo Avraham. É o evento no Monte Sinai, onde a essência primordial do cosmos foi desnudada para que uma nação inteira a contemplasse. Foi uma experiência que deixou uma marca indelével sobre a psique judaica, moldando por completo nossas idéias e nosso comportamento desde então.
                                    No Sinai, a sabedoria interior tornou-se não mais uma questão de intuição ou revelação particular. Era então um fato que havia penetrado em nosso mundo e se tornado parte da história e da experiência dos mortais comuns.
                                     Eis por que a Cabalá não pode ser chamada de filosofia. Uma filosofia é o produto de mentes humanas, algo com que qualquer outra mente humana pode jogar, espremê-la ou esticá-la segundo os ditames de seu próprio intelecto e intuição. Mas Cabalá significa: "que é recebida." Recebida não apenas de um professor, mas do Sinai. Assim que o aluno tenha dominado o caminho deste conhecimento recebido, ele ou ela pode encontrar maneiras de expandi-lo ainda mais, como uma árvore se ramifica a partir de seu tronco. Mas será sempre um crescimento orgânico, jamais tocando a vida e a forma essenciais daquele conhecimento. Os ramos, galhos e folhas irão apenas onde deveriam para aquela árvore em particular - um bordo jamais se tornará um carvalho, e jamais um aluno revelará um segredo que não estivesse oculto nas palavras de seu mestre.

Planos superiores



                                  É curioso observar que, na cabala luriânica, desenvolvida no século 16 pelo rabino Isaac Luria, há um conceito que lembra a Teoria do Big Bang. Segundo essa linha cabalística, a primeira ação de Ein Sof para criar o Universo teria sido uma contração sobre si mesmo, que teria provocado uma catástrofe inicial chamada tohu, gerando um vácuo. Em seguida, esse váculo teria sido preenchido com as emanações divinas (de uma maneira explosiva, tendo em vista a grande velocidade dos acontecimentos narrados) e, a seguir, "retificado" nos mundos que você conheceu no parágrafo anterior.
                                  Enquanto estiver no Mundo da Ação, o homem está sujeito a dirigir o corpo físico que lhe foi concedido, mas seu objetivo deve ser sempre o mesmo: aprender e evoluir para ascender aos planos superiores. "O judaísmo acredita que a alma é eterna e subdividida", diz Alanati. "A vida continua em outras realidades além da nossa, aguardando a ressurreição. A cabala é a única corrente dentro do judaísmo que defende o conceito de reencarnação: algumas almas retornam a este mundo em outro corpo, até acabar de cumprir a sua missão. Ou então elas voltam para nos trazer bênçãos e luz através de seu ser altamente desenvolvido". Segundo ele, seria possível uma alma atingir o estágio de evolução necessário em uma única vida, mas é comum receber mais algumas chances, num processo de reencarnação que também faz parte dos aprendizados evolutivos.
                                    Segundo a cabala, a alma humana é dividida em 3 partes básicas. A mais "baixa", chamada nefesh, é a parte animal, responsável pelos instintos e reflexos corporais. Acima dessa estaria ruach, o espírito ou alma média, que contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o que é bom e o que é ruim. A alma alta, neshamah, seria a terceira parte, que representa o intelecto e distingue o homem das outras formas de vida, por permitir a vida após a morte. É a neshamah que permite a percepção da existência de Deus.
                                      Outras duas partes da alma humana são discutidas no Zohar: chayyah, que permite a consciência da força divina, e yehidah, a parte da alma que é alta o suficiente para atingir o maior nível possível de união com o Criador. "A meta é alcançar o propósito para o qual fomos criados: a equivalência de forma com a Força Superior. Todo o trabalho na cabala tem esse objetivo", resume Marcelo. Na hipótese remota de a humanidade finalmente se unir ao Criador, em uma fusão completa e perfeita, o que aconteceria? O fim do mundo? O começo de uma nova e gloriosa Criação? Bom, isso nem mesmo os mestres cabalistas sabem responder...

O Criador Infinito


                                 Assim como a religião judaica, a cabala afirma que tudo o que existe vem de Deus. Entretanto, o Deus único não é compreendido exatamente da mesma maneira. Se, para a religião tradicional, Deus é o todo-poderoso Criador de todas as coisas, para a cabala Ele não é somente o Criador mas é também a Criação. Ou seja, a Criação não é dissociada do Criador, mas parte d’Ele. A existência de Deus não seria, portanto, distinta do espaço e do tempo; o espaço e o tempo estariam contidos no próprio Deus-Infinito. Mas não vá pensando que já entendeu, porque isso não é assim tão simples. E nem imagine que essas racionalizações vão proporcionar a você um entendimento profundo de Deus. Por um simples fato: segundo a cabala, ou mesmo a religião judaica, o Deus-Infinito não pode ser compreendido pela nossa mente física limitada.
                                  Claro que, apesar disso, os cabalistas não deixam de estudar esses ensinamentos, porque os consideram fundamentais para prosseguir no caminho da evolução espiritual. Um dos estudos mais importantes é justamente o que diz respeito à natureza da divindade. Para começar, os cabalistas preferem o termo Deus-Infinito - uma tradução para ??? ??? (lê-se da direita para a esquerda), ou Ein Sof, aquele que veio antes de tudo, que precede a Criação. Veja o que diz o Zohar sobre o Ein Sof: "Antes de dar qualquer formato ao mundo, antes de produzir qualquer forma, Ele estava só, sem forma e sem semelhança com qualquer outra coisa.  

                                    Quem então pode compreender como Ele era antes da Criação? Por isso é proibido emprestar-Lhe qualquer forma ou similitude, ou mesmo chamá-Lo pelo Seu nome sagrado, ou indicá-Lo por uma simples letra ou um único ponto... Mas, depois que Ele criou a forma do Homem Celestial, Ele a usou como um veículo por onde descer, e Ele deseja ser chamado por Sua forma, que é o nome sagrado ‘YHWH’".
                                    Pode parecer estranho não poder dar um nome a Deus, tornando-o de certa maneira inacessível para os homens. Afinal, se é assim, como pode existir uma experiência mística que permite esse acesso? Bem, a cabala explica que o contato com Deus é realizado indiretamente, por meio de um de seus desdobramentos. "Para tornar-se ativo e criativo, Deus criou as 10 sefirot ou emanações. As sefirot formam a Árvore da Vida, que representa os aspectos de Deus existentes dentro de nós", explica o rabino Alanati. Ou seja, uma maneira de ter o contato místico com Deus é através de uma das 10 sefirot, as mesmas representadas no famoso diagrama. Alanati explica que as 7 esferas mais baixas estão diretamente relacionadas com os 7 dias da Criação descritos no livro do Gênese.
                                    Mas como teria se dado exatamente a Criação? A cabala tem um livro dedicado a esse tema: o já citado Sefer Yitizirah. O texto ensina que a primeira emanação do Ein Sof foi ruach (espírito/ar), que em seguida gerou fogo, responsável por formar água. A existência real dessas substâncias potenciais foi comandada por Deus, que as utilizou como matérias-primas de toda a Criação. Por exemplo, a água deu origem à terra, o fogo originou o céu e o ar ocupou o espaço entre eles para formar nosso planeta. Ainda segundo o Sefer, o Cosmos é dividido em 3 partes (cada uma delas contendo uma combinação dos 3 elementos primordiais): o mundo (ou, com alguma abstração, o espaço), o ano (tempo) e o homem.
                                     A cabala divide o Universo em 4 planos de existência, divididos hierarquicamente a partir da emanação do Ein Sof até nós. Nessa ordem, teríamos então: o Atziluth (Mundo da Emanação ou das Causas), que recebe a luz diretamente do Ein Sof; o Beri’ah (Mundo da Criação), onde não há matéria e onde moram os anjos de mais alta hierarquia; o Yitizirah (Mundo da Formação), onde a Criação assume forma material; e o Assiah (Mundo da Ação), onde se completa a Criação e se localiza todo o Universo físico e suas criaturas. No sistema luriânico, um quinto mundo é mencionado, acima do primeiro, e que serviria de mediação entre o Ein Sof e o Mundo da Emanação.

O que é cabala II





                                  No princípio, Deus criou os céus e a Terra. "Faça-se a luz", e a luz foi feita. Depois, Deus criou o homem e o chamou Adão. Findos os 7 dias da Criação, o Senhor viu que tinha feito algo bom. O homem habitava o paraíso e tinha contato direto e constante com Ele. E daí Deus resolveu passar ao homem toda a sabedoria da cabala. "Adão conhecia a cabala", dizem alguns praticantes. O assunto, porém, é controverso entre os próprios cabalistas. Teria o conhecimento da cabala sido passado de Adão a seus descendentes até Noé, depois até Abraão, Moisés e em seguida aos grandes mestres históricos, que selecionavam rigorosamente aqueles que estariam aptos a ser seus discípulos? Não há consenso sobre o momento em que a cabala foi revelada ao homem, mas todos os cabalistas concordam que o ensinamento sagrado veio diretamente do Criador, assim como os 613 mandamentos judaicos contidos na Torá, a bíblia judaica, que os cristãos chamam de Pentateuco. "A cabala é além do tempo, ela não tem nem começo nem fim", diz o rabino israelense Joseph Saltoun, ex-professor do Centro de Estudos da Cabala, em São Paulo, e que hoje leciona em Vancouver, no Canadá.
                                    Mas, afinal, o que é a cabala? Bem, para tornar mais simples a tarefa de explicar, vamos começar dizendo o que ela não é. Ok, cabala NÃO É religião, autoajuda, superstição, magia, bruxaria, sociedade secreta, meditação, adivinhação, interpretação de sonhos, ioga, hipnose ou espiritismo, embora possa estar relacionada a todas essas coisas. Agora fica mais simples entender o que a cabala É: um conjunto de ensinamentos sobre Deus, o homem, o Universo, a Criação, o Caminho, a Verdade e coisas afins; uma revelação de Deus para o homem. "Ela nos diz por que o homem existe, por que nasce, por que vive, qual é o objetivo de sua vida, de onde vem e para onde vai quando completa sua vida neste mundo", diz Marcelo Pinto, representante do centro de cabala Bnei Baruch no Brasil. "O ser humano tem muitas questões, e a cabala é um caminho espiritual que permite trazer de volta o elo com a verdadeira origem de tudo", explica Ian Mecler, professor de cabala no Rio de Janeiro e escritor de livros como O Poder de Realização da Cabala (Editora Mauad). Para Shmuel Lemle, professor da Casa da Cabala, também no Rio, "nada acontece por acaso. Existem leis de causa e efeito. Assim como existem leis físicas como a lei da gravidade, existem leis espirituais".
                                     Independentemente de quando a cabala tenha surgido, o modo como a conhecemos hoje é o resultado da transmissão desses ensinamentos por meio da tradição judaica. A palavra cabala (Kblh, em hebraico, cuja pronúncia mais próxima do original é "cabalá") significa receber/recebimento. A cabala é uma forma de misticismo, pois ensina que é possível ao homem ter contato direto com esferas superiores da realidade, ou mesmo com manifestações do próprio Criador. Portanto, de um modo simplificado, a cabala é o misticismo judaico, ou a corrente mística ligada à tradição do judaísmo, para ser mais exato

União com o Criador

                               Grosso modo, a cabala está para o judaísmo assim como o gnosticismo está para o cristianismo e o sufismo está para o islã. Gnosticismo e sufismo são as correntes místicas ligadas respectivamente às tradições cristã e muçulmana. Como misticismos, essas 3 correntes têm muito em comum. A maior parte das diferenças está no modo de transmissão do conhecimento, adaptado à tradição em que aquele tipo de misticismo se desenvolveu. Esse raciocínio não vale apenas para as 3 religiões chamadas abraâmicas (por serem todas herdeiras do patriarca Abraão) mas também para as místicas orientais, como hinduísmo, tao e budismo, além do zoroastrismo na Pérsia, só para citar as mais conhecidas.
                                Se a cabala é um tipo de misticismo, talvez seja o caso de explicar: o que é misticismo? Em poucas palavras, é a crença na possibilidade de percepção, identidade, comunhão ou união com uma realidade superior, representada como divindade(s), verdade espiritual ou o próprio Deus único, por meio de forte intuição ou de experiência direta em vida. Na intenção de atingir esse tipo de experiência, as tradições místicas fornecem ensinamentos e práticas específicos, como meditação e aperfeiçoamento pessoal consciente. Nosso foco nesta reportagem, a cabala, não é exceção. Para entender melhor, vamos dar uma espiada no passado?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Microcosmos e Macrocosmos


                                 Existem dois tipos de cosmos no universo. E algém pode perguntar como é que exitem dois universo se somente percebemos um, embora totalmente imensurável. 
                                 Mas afirmamos que existem dois tipos de universos que em essência são praticamente idênticos diferindo unicamente nas suas formas de manifestações.
                                 Um universo se manifesta exteriormente sendo composto deste sistema solar e seus planetas que conhecemos e muitissimos outros que nem sequer fazemos idéia de que existem.   Este é o universo exterior ou ainda o macrocosmos. O outro se manifesta com as mesmas características mas de forma interior, ou seja, em nosso interior, em nosso coração. Este é o macrocosmos, o universo interior.
                                  O microcosmos é a alma humana e a sua composição interna, isto é, os sentimentos, os desejos, os pensamentos, memórias.
                                 O macrocosmos é a alma do universo que por sua vez é um grande ser vivo e morada de seres vivos; a nossa casa enquanto estivermos por aqui nos aperfeiçoando em Cristo. O microcosmos é o ser vivo que governa o macrocosmos e tem a missão de cuidar dele, de administrar de maneira consciente os seu recurso embora não seja isto que temos visto e ouvido.
                                 O micro e o macro são identicos e entre eles existem pouca distinções. Assim como o microcosmos, a alma do homem tem seus sentimentos, desejos, sonhos, pensamentos da mesma maneira o macrocosmos, a alma do universo também os tem.
                                  O gigantesco macrocosmos tem as sua manifestações. Ele sorri, chora, sente raiva e se ira, mas acima de tudo ele se mantém em harmonia com o seu Criador não importa o que aconteça o que já não acontece com o microcosmos que tem se afastado cada vez mais do Criador.
                                  Quando entendemos o microcosmos conseguimos também entender o macrocosmos e o contrário também acontece pois um é imagem do outro e apresenta as mesmas características sempre.
                                  Assim como também são seres vivos o sol, a lua, os planetas, meteoros, estrelas, como tudo é vivo no macrocosmos assim também o é no microcosmos, pois seus desejos, sentimentos e pensamentos também são organismos vivos mesmo que sejam dependentes de nós para existirem. 
                                  Tudo é vida, tudo é vivo no micro e no macrocosmos.

Os arcanos


                                Na cabala nos aprendemos tambem a contemplar os arcanos que são os mistérios de nossa natureza humana e espiritual. Aprendemos a ver fatos que com os olhos físicos jamais poderíamos ver e assim conquistamos batalhas espirituais que são travadas em nosso redor sem que percebamos.
                                 Os arcanos são os camihos de realização espiritual que estão ocultos aos corações impuros e que se mantém longes da busca apropriada por algo verdadeiro e eterno. Por exemplo: A misericórdia é algo que é imprescindível para que também sejamos perdoados e isso se explida pelo Arcano que nos informa que a misericórdia está muito mais próximo da Luz inascessível e por isso ela tem que se fazer presente em nossa vida.
                                 Analizamos todas as força que controlam a universo. O poder, a sabedoria, o entendimento são força arcanas que regem o mundo de Luz insacessível, o mundo da emanação de onde todas as coisas provem. A misericórdia, a justiça, a harmonia são forças arcanas que regem o mundo da razão ou intuição ou ainda mental, o mundo da criação. A submissão, a epatia e o firmamento são forças arcanas que regem o mundo astral ou coração, o mundo da formação do físico que por sua vez é regido pelo reino humano.
                                  Os arcanos nos indicam as forças que regem e o seu estudo, meditação e contemplação nos dá meios para realizá-las em nossas vidas e caminhos. Podemos dizer que os arcanos são anjos formadores e legisladores do universo que segundo a vontade do Criador a tudo transmite o influxo do alto para todo ser vivente seja na terra ou em quaquer parte do universo fisico ou espiritual; tudo passa pelos arcanos para que seja infliênciados por seus aspectos emanadores, criador, formadores e realizadores.

Os aprendizado


                                Com a cabala nós apendemos as forças que regem o mundo espiritual, a relação entre estas forças que cooperam com a criação, como essas força influncia o mundo físico e assim abrimos os nossos olhos espirituais para coisas que antes não poderiam ser enchergadas.
                                 Este aprendizado é a tranformação de nossa natureza adamica e a purificação de nosso in centrum através de um modu vivendi de acordo com as Leis Eternas do mundo espiritual. Ao contemplarmos a cabala estamos entrando em conexão com os mundos supernos e trazendo ao nosso nível de vida as grandes riquezas do espírito e da eternidade.
                                 Uma inteligência ardente nasce dentro de nós com o estudo as diretrizes cabalísta e isto se dá por ser ela um sistema que está alem deste mundo, está alem de nosso intelecto material e somente com a intuição metafísica tal inteligencia pode brotar. A inteligência ardente que nada mais é do que a capacidade de lidar com assuntos supernos, metafísicos, espirtuais que para muitos não tem formas  e para outros nem existem.
                                 A inteligencia do espírito é o aprendizado da cabala que nos proporciona autoridade e luz para atuarmos no ambiente segundo a nossa vontade e isto acontece por que a nossa vontade está conectada com a Vontade Santa do Criador. Esta aprendizado é para toda vida e sempre tem algo para se aprender por que assim como a vida fisica está sempre evoluindo e se modificando, mesmo sendo efeito de algo maior, a vida espiritual que é a causa primeira de todas as coisas muda mais ainda por seu princípio poderoso e totalmente dinâmico.

terça-feira, 26 de junho de 2012

A autoridade e a missão do cabalista


                                 A autoridade do cabalista sobre o mundo e sobre o ambiente em que vive é destruir as força negativas e frustrar os seus planos contra a humanidade. Ele tem força e poder para subjugar verdadeiramente e de forma consciente tudo o que é contrario ao Reino do Criador. Ele não pode ver o cego espiritual, o preso pelas cadeias das ilusões pecaminosas, dos doentes espiritualmente falando e não fazer nada, por que ele tem poder para transformar a "água em vinho".
                                  A sua missão é iluminar, é transmitir luz sem sombras, ou seja, se o cabalista recebe luz direto da fonte assim ele deve compartilhá-la. Iluminar, é ser um ponto de luz em qualquer lugar em que se encontre, uma ferramenta consciente da luz celeste e em momento algum ele deve deixar de focar tal missão, pois ela está intimamente ligada ao seu coração e ele depende de que ela seja cumprida.
                                  O cabalista não busca luz somente para si, mas a busca para aqueles que fazem parte de sua vida e por que não dizer que ele busca até por quem não conhece, pois automaticamente quando ele busca é elevado o estado espiritual da sua alma e isso reflete em todo o mundo.
                                  A autoridade e a missão do cabalista envolve sacrifício e este está ligado a sua vontade que morre a cada dia quando ele entrega a sua alma no altar celestial de Cristo para que a Sua Vontade seja conhecida de todos os que buscam e dela necessita.

A cabala


                                 Quando falamos de cabala estamos falando daquilo que podemos receber direto da Luz inacessível que emana das estações celestiais. São ensinos ministrados pelo Santo Espírito e o seu entendimento se dá por intermédio de uma consciência aberta, expandida para os mistérios supernos do universo. São ensinamentos que, embora não sabemos como, eles nos chega de modo sobrenatural e somente entendemos e praticamos.
                                  Quem já conhece os mistérios da cabala sabe do que estamos falando. E outro assunto é este: Tais ensinamentos em sua profundidade são incomunicáveis, não por que queremos, mas por que existe algo que nos impede de explicitarmos toda a ciência; apenas os que se entregam ao seu estudo contemplativo e meditativo a desvela.
                                   A cabala é uma ciência, um estudo como outro qualquer apenas diferindo no sentido de que tal se passa no mundo transcendental, ou seja, alem da mente e razão humana; ela se dá no mundo espiritual e somente os que se espiritualizam o entendem.
                                   Sabemos que esse blog não é para qualquer um e também temos o entendimento de que os doutos da cabala olharão estes estudos com desdem; podendo até haver a critica de que falta algo, mas a verdade é que os que necessitam deste faceta da sabedoria cabalística se deliciarão espiritualmente ao encontrar o que tanto procuraram.
                                   Como a cabala é aquilo que recebemos das esferas superiores e espirituais temos que tomar o cuidado para termos santidade ou estarmos lutando por ela pois a Luz é quente e pode queimar o que é impuro. A santidade, um viver separado das mundanidades pode nos proteger de tais riscos.
                                  Encontraremos na cabala explicações que há muito anos estávamos ansiosos para ler, principalmente os Buscadores da Luz que tem em si o elemento didático (intuição) que os ensina todas as coisas e não precisa de que ninguém os ensine.
                                  A cabala é a luz nos caminhos daqueles que querem uma maior e intima comunhão com o Pai celestial e o Seu Filho e o Seu Santo Espírito.

O cosmos - As moradas


                                 O mestre da cabala nos disse certa vez que na casa de nosso Pai há muitas moradas e do contrário Ele já nos teria dito pois foi prepar-nos lugar significando que o universo é uma casa muito grande e imensuravel é a sua infinitude. Imaginemos estão o tamanho do Ser que o criou. Assim podemos afirmar que as moradas as quis Cristo se referia era o nível de conscientização, realização do evangélho e ascenção pelo mesmo as mais regiões celestes cada vez mais proxima do Altíssimo.
                                   O universo em sua infinidade se torna impossível para a imaginação humana conceber e o seu entendimento vai muito mais além da lógica entrando assim no campo da intuição que é a capacidade para os estudos metafísicos e transcndententes que ultrapassam o que podemos tocar.
                                   Todas as coisas são incluidas no estudo da cabala teóriaca, pois a mesma acredita que todo o universo é fruto de um poder que é uno e fora do qual não há nada que possa subsitir. Este objeto de nosso estudo, o universo físico, é a morada de nosso corpo físico, mas não da nosso alma, que em parte é espiritual sendo a sua verdadeira e eterna morada é o universo espiritual.
                                   Certa vez o apóstolo Paulo foi arrebatado ao terceiro céu onde ouviu coisas inefáveis as quais foi proibido de falar ou sequer comentar. Isto nos prova a existencias do inumeros céus, as inúmeras moradas que vamos conquistando conforme a  nossa realização das diretrizes espirituais.
                                    Conquistemos as mais altas moradas celestiais onde a nossa alma repolsará por toda a eternidade.

Angelologia - A missão dos anjos


                                Sempre teremos a proteção dos anjos que são ministradores dos que herdarão a salvação de Cristo. Com a missão de nos guardar de tudo de ruim que possa nos acontecer, de frustrar os objetivos das hostes do mal, os anjos ficam vinte e quatro horas ao nosso redor com a espada de fogo flamejante.
                                Não importa o problema eles sempre cumprem as suas missões, pois são enviados de Yahweh com autoridade e poder para subjugar tudo o que nos é adversário em nossa caminhada de desenvolvimento espiritual na graça cristã.
                                 Sejam tronos, potestades, dominadores, seja qual for a sua classe os seres angélicos estão a nosso favor, sempre dispostos a se comunicarem conosco e imprimir em nós a vontade de seu Enviador.
                                 Cada um de nós temos um anjo a nossa disposição. Desde que nascemos, um anjo caminha ao nosso lado nos protegendo, nos ajudando na busca ao Criador em nossas orações.
                                 Quando somo livrados de um acidente eminente, o qual seria impossível a nossa salvação se não fosse o nosso anjo ajudador que faz a vontade consciente do Pai Celeste.  Somos livrados dos perigos espirituais os quais não podemos ver nem ouvir com os sentido humanos, mas que estes perigos são mais reais que nós mesmos.
                                 Os anjos fazem e sempre farão parte da humanidade, sempre estarão construindo juntamente com ele a sociedade e seus resultados.
                                 O próprio Criador dá ordens aos seus anjos a nosso respeito. 
                                 Os anjos são representantes fiéis da vontade e da presença de nosso Criador e isso é comprovado quando jacó segurou o anjo afirmando que não o soltaria enquanto ele não o abençoasse; o anjo o abençou e mudou o seu nome para Israel que significa: contendeu com o Altíssimo. Na verdade Jacó não contendeu com o Criador mas com o Seu anjo, que era o Seu representante naquele momento.

O alphabeto Hebraico



                                Quando o Aquiteto universal começou a criar o universo Ele convocou certos poderes criativos para formarem todas as coisas ao qual damos o nome de Logos ou Voz do Criador. Assim Ele fê-las dançar perante si num ritual de Amor trancendental emando assim o amor trancendente para toda a criação.
                                  Estes poderes formadores que nada mais é do que a Voz de nosso Criador, os sons criativos os quais designamos de alphabeto hebraico. 
                                 A Bíblia nos revela que todo o universo é mantido pelo poder da Palavra do Criador, ou seja, por sua voz nós somos mantidos e eternizados segundo a Sua vontade.
                                 Este Alphabeto são hieróglifos que representam as vinte duas facetas da Voz Criativa do Criador e na cabala ele está evidenciado por que faz parte do processo de emanação do amor trancendental e da reintegração do amor trancendente. Cada letra simboliza um estado criativo da voz do Criador mas sempre se unindo em um só objetivo: manifestar o amor.
                                 Quando o Criador disse "haja luz", na verdade Ele reuniu as letras responsáveis pela criação da luz e fundiu-as em um todo mágico que deu origem a primeira coisa que é a luz, ou seja, a destra do Pai celestial. No alphabeto hebreu encontramos grande poder de realização e expansão espiritual, pois é a linguagem do Próprio Criador.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O que Cristo fala sobre a cabala?


                                 Podemos dizer que Cristo não nos fala nada sobre a Cabala teórica, sobre seus estudos e sua contemplação, mas Ele nos dá uma aula de como colocá-la em prática nos indicando tal caminho. Embora Ele não nos revele nada sobre este estudo contemplativo da divinação da alma humana, Ele nos mostra como acontece tal divinação.
                                  A sua ascenção é resultado de uma prática espiritual perfeita de harmonia entre as coisas humanas, mundanas e divinas, celestiais. Nós que temos um profundo conhecimento da cabala e suas facetas podemos afirmar que Cristo é um perfeito cabalista.
                                 Tudo o que colocamos entre nós e a adoração do Criador é idolatria e da mesma maneira achar que um estudo sobre as coisas espirituais pode substituir a atuação do Santo Espírito em nós. Uma coisa é estudar e entender e outra totalmente diferente é praticar. Na cabala não é diferente, pois não adianta entender sobre as coisas mais profundas do mundo espiritual e não viver em conformidade com o este entendimento.
                                   Cristo, entendia perfeitamente a cabala de maneira que sabia tudo que se pode entender com este estudo.
                                    A cabala é um estudo das profundezas do Criador de maneira que este estudo nos traz luz a consciência e ilumina o caminho a seguir. Embora Cristo não fale sobre a cabala teórica, Ele nos mostrou na prática o que ocorre se estudarmos e colocarmos em prática os estudos cabalísticos.

Mistério Cristalino

    • Cabala Cristã
    • O que é Cabala
    • Cristo: o maior cabalista
    • A cabala aplicada a vida cristã
    • Milagres
    • Angelologia e demonologia
    • A verdadeira salvação
    • Justificação, santificação e glorificação
    • O caminho: ativo, passivo e neutro
    • As 32 consciências
    • Os Arcanos
    • Correspondencia espirituais 
    • Linguagem divina: Aphabeto hebraico e sua significação
    • Ciência dos números
    • Moradas Celestiais:1º, 2º e 3º céus
    • Os reinos da vida
    • Os quatro mundos
    • O que devemos rejeitar
    • Auto consciência: Sentir a si mesmo
    • Espírito do Criador