Mistério Cristalino
domingo, 9 de dezembro de 2012
Cabala
A palavra Cabala tem origem no vocábulo hebraico kibbel , significando lição, tradição, ensino. A Cabala é a tradição esotérica e o conjunto das doutrinas secretas dojudaísmo. Esta ciência oculta foi recolhida nas Escrituras e devia ser transmitida oralmente e nunca ser escrita, visando evitar que o texto caísse sob as vistas dos profanos.`
Os cabalistas datam as concepções primordiais da Cabala de tempos primitivos - que remetem a Moisés e até Abraão e Adão. Quanto aos verdadeiros fundadores da Cabala, entretanto, são mencionados três talmudistas: Rabino Ismael ben Ehsa (cerca de 130 d.C.); Rabino Nechunjah ben Hakana (cerca de 75 d.C.) e, sobretudo, Simeon ben Yohai (cerca de 150 d.C.), sendo este último apontado como autor do famoso Zohar.
Acredita-se que os ensinamentos da Cabala começaram de forma oral, que foi transmitida por Enoque aos seus descendentes, sendo que, posteriormente, Moisés, para evitar que seus ensinamentos se perdessem, comunicou-os aos setenta anciãos escolhidos, e daí para frente de forma escrita.
Mas, ao serem escritos os ensinamentos cabalísticos, foi utilizada a maneira mais simbólica possível, com o intuito da não compreensão profana, mas tão somente dos iniciados. Dois são os livros fundamentais da Cabala: 1º o Sefer Yetsirah, ou Livro da Criação, e o Zohar, ou Livro dos Esplendores.
A Cabala apareceu, na sua forma atual, por volta do século XII, repetindo, continuando e completando o ensino esotérico do Talmude. Na Bíblia temos os livros cabalísticos de Ezequiel e do Apocalipse, que foram escritos de forma velada, simbólica. A chave do seu ocultismo repousa, como a do Talmude, sobre o valor dos números, a combinação das 22 letras do alfabeto hebraico e a força oculta do Tetragrama.
O ensino da Cabala esmera-se em dar com precisão a definição da divindade vulgarmente denominada Deus, em fixar-lhe os atributos e em estabelecer o processo das manifestações do seu poder. A particularidade da Cabala é de repudiar toda idéia de antropoformismo na definição da divindade, de afastar toda possibilidade de figuração de Deus que é Infinito, inacessível, incompreensível... O Ser por excelência, o Verbo eterno conjugando-se, simultaneamente ao presente, ao passado, ao futuro: Jeová, Aquele que foi, que é, que será, Aquele cujo nome nunca deve ser pronunciado porque o profano não compreenderia que o Deus Todo-Poderoso, o Deus dos Exércitos não pudesse ter nenhum outro nome a não ser o verbo Ser.
A Cabala descobre todos os mistérios da criação neste simples nome, ao estudar o simbolismo representado pelas quatro letras formando este nome assim dividido: IOD, HE, VAV, HE (IHVH). Este nome é aquele que encontramos no cume de todas as iniciações, aquele que irradia no centro do triângulo lamejante da Maçonaria Universal.
A primeira letra, o IOD, figurada por uma vírgula ou um ponto, representa o princípio original das coisas, o ponto de partida da criação. Esta letra que ocupa o
décimo lugar no alfabeto hebraico, é representada pelo número 10, ele mesmo composto do número um, unidade, princípio, e do zero, representando o nada, por seu significado e o Todo por sua forma. No IOD ou número 10, a unidade, origem do Todo, alia-se ao Nada para formar o princípio inicial da Criação, princípio gerador, princípio masculino.
A segunda letra, o HE, quinta letra do alfabeto hebraico, representa o número 5, equivalente à metade do valor da primeira letra, 10. E o princípio inicial IOD ou 10 que se fraciona em dois, e que se desdobra. Tal é a origem do binário: masculino/feminino, ativo-passivo, positivo-negativo, homem -mulher. A energia criadora masculina junta-se à matéria fecunda feminina.
A terceira letra, VAV, ocupa o sexto lugar no alfabeto. Resulta da ação geradora do IOD sobre o HE, ao princípio masculino sobre o princípio feminino. E o filho, a resultante: um mais cinco igual a seis.
A quarta letra representa um segundo HE, novo elemento feminino, indispensável ao filho para possuir a faculdade de se reproduzir e de perpetuar o Ser. E o grão que contém em potência a geração futura e a possibilidade de garantir a Eternidade. JEHOVA, portanto, não é um nome, mas o símbolo da Criação e da Eternidade, do SER PERFEITO. Este nome não pode ser pronunciado a não ser uma vez por ano, e soletrado letra por letra no Santo dos Santos, pelo Sumo Sacerdote, Grão-Mestre da Arte Sacerdotal, no meio do ruído das preces do povo profano.
Todas as religiões dogmáticas saíram da Cabala e para ela voltam. Tudo quanto existe de científico e de grandioso nos sonhos religiosos de todos os
iluminados é tirado da Cabala. Todas as associações maçônicas lhe devem os seus Paul Naudon assim escreveu: Nada permite de resto de situar, no tempo, a adoção, pela Maçonaria dos sinais e símbolos que a Cabala utiliza. A instituição não foi uma criação espontânea; deriva em grande parte das associações arquitetônicas que a precederam ou inspiraram, como os colégios romanos, as associações monásticas, as guildas etc. Sofreu, igualmente, largas influências dos maçons aceitos cujo papel tornou-se progressivamente primordial com o declínio do elemento profissional.
As preocupações filosóficas desses maçons especulativos alquimistas, hermetistas, cabalistas, rosa-cruzes e seus subsídios esotéricos vieram juntar-se e completar os da Maçonaria. O fundamento de suas doutrinas repousava sobre o mesmo princípio da Maçonaria: o da imanência divina. O papel desses hermetistas foi importante na transição entre a Maçonaria operativa e a Maçonaria especulativa moderna. Mas a sua contribuição com um simbolismo egípcio, hebraico e siríaco não era mais que uma síntese que vinha integrar-se em um meio amplamente preparado pelos mais eminentes pensadores da Idade Média e da Renascença .
O programa do grau de Aprendiz compreende os números um, dois, três e quatro, donde os conceitos de unidade, de binário, de ternário e de quaternário. O do grau de Companheiro compreende quatro, cinco, seis e sete (tétrada sagrada, quintessência, rosa mística, hexagrama, setenário). O grau de Mestre estuda os números sete, oito, nove e dez (tri-unidade setenária, ogdoada solar, Eneada ou árvore dos Sefirot). Os dez Sefirot são dez emanações do Deus único: dez reconduz a um... Assim, a Cabala passa à Maçonaria seus ensinamentos mais expressivos.
O Arquétipo
Quando queremos figurar o homem, é sempre a imagem de seu corpo físico que se apresenta primeiramente em nosso espírito. Porém, este corpo físico não faz senão suportar e manifestar o homem verdadeiro, o espírito que o governa. Pode-se retirar milhões de células deste corpo físico, cortando um membro, por exemplo e a consciência não sofre danos. O homem-mente que nós somos é inteiramente independente dos órgãos , os quais não são mais que suportes e meios de comunicação.
O conjunto dos seres e das coisas revela a existência de Deus, como o corpo físico do homem revela e determina a realidade de seu espírito. As relações do espírito humano com o corpo humano são análogas às relações entre Deus e a Natureza. Deus, embora se manifeste na Humanidade e em todas as coisas da Natureza não se confunde com com estes seus aspectos infinitos; antes, possui uma existência metafísica independente de toda a Criação. ...Deus é, de fato, o conjunto de tudo o que existe assim como o homem é o conjunto de todos os orgãos e de todas as faculdades que possui. O homem verdadeiro, porém, o Espírito (ou a Mônada) é distinto do corpo físico, do corpo astral e do ser psíquico (a personalidade efêmera) ...Da mesma forma, Deus-em-Unidade é distinto da Natureza e da Humanidade. Em termos vulgares, a Natureza é o corpo de Deus e a humanidade é sua vida em mais alto grau de autoconsciência. No homem, o organismo é o corpo material denso do homem e o corpo astral e o ser psíquico são seus princípios vitais.
O Universo concebido como um todo animado é composto de três princípios: a Natureza, o Homem e Deus ou, empregando a linguagem dos hermetistas: o Macrocosmo, o Microcosmo e o Arquétipo. O homem é chamado Microcosmo, o pequeno Mundo, porque ele contém analogicamente em si as leis que regem o Universo. ...O homem influindo sobre a Natureza pela ação, sobre os outros homens pela palavra e elevando-se até Deus pela prece e pelo êxtase, constitui o elo que une a Criação ao Criador. ...Os fatos são do domínio da Natureza; as Leis, do domínio dos Homens e os Princípios, são o domínio de Deus.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Binah e Hokmah – O Entendimento Divino da Sabedoria Divina
Binah e Hokmah – O Entendimento Divino da Sabedoria Divina
Se admitirmos a
existência da Sabedoria Divina, temos que admitir o seu Entendimento Divino e o
verso também é uma realidade: se existe o Entendimento deve existir algo a ser
entendido ou compreendido que é a Sabedoria. "De que serviria o preço na
mão do tolo para comprar sabedoria, visto que não tem entendimento?" (Provérbios 17:16)
Binah e Hokmah se criam
mutuamente e se completam também, sendo um erro gravíssimo admitir um sem o
outro. Temos que criar condições para que se manifestem com vigor em nossa vida,
em nossos caminhos pois o nosso avançar depende de termos contato com a sabedoria
divina e entendê-la sintetizando-a em nosso modus vivend – Modo de Viver. "A
minha boca falará de sabedoria, e a meditação do meu coração será de entendimento."
(Salmos 49: 3)
"Quem pôs a sabedoria
– Hokmah - no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento - Binah?" (Jó 38:36). Está claro que foi Deus, pois: "Com
ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento tem." (Jó 12:13) e a morada da sabedoria e do
entendimento está em nossa consciência, ela nos outorga estas faculdades
espirituais quando somos sensíveis ao seu falar. "Meu é o conselho e a
verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento; minha é a fortaleza." (Provérbios 8:14)
"Guardai-os,
pois, e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão:
Este grande povo é nação sábia e entendida." (Deuteronômio 4:6),
"O temor do SENHOR
é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os que cumprem os seus
mandamentos; o seu louvor permanece para sempre." (Salmos 111:10),
"Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu
coração ao entendimento;"
(Provérbios 2:2)
A sabedoria de Hokmah e
o entendimento de Binah devem ser a nossa meta a ser alcançada, devemos
empenhar grandes esforços na conquista destes como está escrito: "A sabedoria
é a coisa principal; adquire, pois a sabedoria emprega tudo o que possuis na
aquisição de entendimento."
(Provérbios 4:7)
Hokmah e Binah caminham
justas e unidas em um só propósito de completar uma a outra na ajuda de
reintegração humana, na salvação do homem. Binah nos ajuda a colocar Hokmah em prática.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Keter – Poder Divino Vivo – Poder Realizador - A Vida Real
Keter – Poder Divino Vivo – Poder Realizador – A Vida Real
Como já foi explicado que o Mundo
Espiritual, a Casa de Deus, o Céu se manifesta em nós, dentro de nosso coração
através ou como consciência do Bem e do Mal e acima de tudo como uma força
extremamente forte para escolher o Bem por que se sabe que este é a
naturalidade de nossa alma. "E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a
árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do
jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal." (Gênesis 2: 9)
Vimos também que Binah é o
Princípio Conhecedor e Hokmah é tudo o que pode ser conhecido por Binah; seja
no campo do espírito ou do homem. Que Hokmah se deixa ou se revela a Binah como
sabedoria inerente que cria, mantém e eterniza todo o universo e principalmente
o homem. "Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória,
vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação;" (Efésios
1 : 17)
Agora estamos em Keter – Autoridade
Divina Viva – que nos dá autoridade para agir conforme os mais altos preceitos
do universo e com isso nos dá poder para realizar a Vida Real; viver a Verdade.
A Vida Real é composta do Verdadeiro Existir, do Verdadeiro Saber e do
Verdadeiro Sentir. A única maneira de realizar a Vida Real é através da
Autoridade Divina – Keter – Pois sem poder nada podemos realizar. De nada adianta
termos realizados em nós os preceitos do Entendimento Divino – Binah – isto será
uma realização interna somente e não aparecerá no mundo exterior. Da mesma
maneira é realizar a Sabedoria sem Keter, será uma sabedoria interior sem
funcionalidade exterior.
Keter é o poder realizador da
vida, que manifesta no exterior as convicções interiores, da fé, do projetar e
realizar. Keter é o Impulso Criador em nós que nos dá uma gama de vigor para
irmos atrás de todos os nossos objetivos, é o princípio motivador. Quem não tem
contato com Keter não tem motivação na vida, não consegue criar metas e se as
tem não consegue realizá-las.
A Vida Real é a manifestação da realização
de todos os preceitos do mundo espiritual, da consciência e de suas leis. Ela
se manifesta como Existência Real que nada mais é do que uma vida totalmente
independente do Tempo, do Espaço e forma; como Sabedoria Real que é a ciência
de todas as coisas sejam humanas ou espirituais e como Sentimento Real que é o
amor, o gozo eterno de ter-se reintegrado na “Alma do Pai”.
Podemos dizer que Keter é a coroa
da vida, o poder realizativo, a Autoridade Divina em nosso coração e, enfim, o
poder da Fé. Esta autoridade trás a existência as coisas que não existem. É
capaz de manifestar o impossível, trazendo a nossa vida física todos os
projetos de nosso coração.
Keter encerra este estudo que foi
uma subida pela árvore da vida – o símbolo das manifestações das leis regentes
do universo – desde Yesod – A Porta – Até Keter – A coroa da vida, o poder
realizativo.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Hokmah - A Sabedoria Divina Viva - O fator conhecimento da consciência
Vimos nos estudos anteriores, que são um explicitamento da subida na
árvore da vida em direção à sua coroa que é a consciência, que através das
realizações dos preceitos sefiróticos em nossa vida o nosso espírito vai se
transformando, se santificando e adentrando no Mundo espiritual, a Casa de Deus
que nada mais é do que a consciência. Entramos neste mundo de Luz por Binah, ou
seja, pelo entendimento das coisas espirituais e da importância destas sobre a
nossa vida; entendendo também a nossa origem espírito-divina.
O Mundo Espiritual, de Luz, que é a causa-essência de todos os outros
planos mais densos, é a própria consciência, a sensibilização à mesma. Podemos
dizer que o trabalho em nossa alma pela perfeição, pela santificação nada mais
é do que um profundo sintonizar-se à voz da Consciência dentro de nós, pois
esta é o instrumento de Deus para se comunicar conosco. Pelo Entendimento
Espiritual – Binah – que é o fator conhecedor da consciência, entramos na
consciência e passamos a viver segundo os seus conselhos e ordens expressas.
Binah é o elemento conhecedor da consciência, da vida, do universo. A
sede que temos de aprender, de compreender, de estudar o que quer que seja e
principalmente as coisas espirituais é a manifestação de Binah; que nos leva
conhecer e sermos conhecidos. Hokmah é o campo a ser conhecido, o universo em
si, a vida, a sabedoria que cuida e administra o universo e todo ser, não
importando se o seu nível de vida é mineral, vegetal, animal, hominal, angélico
ou divino. Hokmah é a Sabedoria Divina Viva que é conhecida por Binah – o Entendimento
Divino Vivo. Binah ativa o princípio conhecedor dentro de nós e Hokmah se
revela para ser entendida por Binah seja no universo interior – Coração – seja no
universo exterior.
Eis Hokmah: "O temor do
SENHOR é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os
seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre." (Salmos 111:10),"E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e
de ciência, em todo o lavor,"
(Êxodo 31 : 3), "E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, o
filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todos
aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado." (Êxodo 31:6), "Encheu-os de sabedoria do
coração, para fazer toda a obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do
gravador, em azul, e em púrpura, em carmesim, e em linho fino, e do tecelão;
fazendo toda a obra, e criando invenções."
(Êxodo 35:35), "E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo
entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do
mar." (I Reis 4:29), "Com ele
está a força e a sabedoria; seu é o que erra e o que o faz errar." (Jó 12:16), "Porém onde se achará a sabedoria,
e onde está o lugar da inteligência?"
(Jó 28:12), "A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o
testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices." (Salmos 19:7), "Para se conhecer a sabedoria
e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência." (Provérbios 1:2), "A sabedoria clama lá
fora; pelas ruas levanta a sua voz."
(Provérbios 1:20), "Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e
inclinares o teu coração ao entendimento;"
(Provérbios 2:2)
Binah em nós, em nossa consciência interior e exterior, conhece e nos
dá entendimento de Hokmah que é tudo o que pode ser conhecido interior e
exteriormente, coisas espirituais ou físicas.
Lembremos que quando entramos no Mundo de Luz Alta, na Casa de Deus, o
Céu, não é mais nossos esforços que nos fazem expandir, desenvolver e progredir
espiritualmente, mas um receber diretamente da Taça de Deus em nossa taça
humana. O princípio conhecedor – Binah – e o Conhecimento – Hokmah – em nossa
consciência é um dom do alto.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Binah - O Entendimento Divino - A entrada no Mundo Espiritual
Por Binah entramos no mundo espiritual, mundo de luz, Morada do Criador. Binah é o entendimento das coisas espirituais que brota em nós após o trabalho sobre as sefiras inferiores. Todos que se esforçam vencem e entram no mundo da Emanação. Impossível é aquele que luta contra tudo que é involutivo na sua vida, em seu coração e não é coroado de glória.
Binah é a resposta que procuramos a muito tempo, o princípio da síntese espiritual, o princípio do guia interior. Todos que chegam a Binah, isto é, todos que obtém através da luta o entendimento tem a força e a confiança em si mesmo; pois sabe que dentro de si habita o Espírito de Deus que nos leva para toda a verdade. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (I Coríntios 6 : 19), "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (I Coríntios 3:16). Por Binah entendemos todas as coisas em sua essência e a ilusão e os encantamentos do mundo físico transitório não tem mais poder sobre quem tem o Entendimento Divino.
"Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento tem." (Jó 12:13), "Eu ouvi a repreensão, que me envergonha, mas o espírito do meu entendimento responderá por mim." (Jó 20:3), "Se, pois, há em ti entendimento, ouve isto; inclina os ouvidos ao som da minha palavra." (Jó 34:16), "Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti." (Salmos 32:9), "A entrada das tuas palavras dá luz, dá entendimento aos símplices." (Salmos 119:130), "Para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;" (Provérbios 1:3), "Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento;" (Provérbios 2:2), "Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento." (Provérbios 2:6). Este entendimento se chama Binah - O Entendimento Divino Vivo.
No mundo de Luz, o Mundo Espiritual é a consciência que guia, ou seja, ela é um instrumento perfeito de comunicação de Deus conosco. Obtemos a sensibilidade a voz da consciência formada por Binah - Entendimento Divino Vivo, Por Hokmah - Sabedoria Divina Viva e por Keter - Poder e Autoridade Divino. Binah nos dá o entendimento desta voz consciente.
Para chegarmos ao campo da influência de Binah temos que subir pela árvore da vida e seus caminhos, isto é, santificarmos o nosso modo de viver entrando em concordância com todos os preceitos divinos dos universos que estão explicitamente representados na árvore da vida. Em termos explicatórios isto que dizer que o espírito venceu a carne - Netzah, manifestou em nós a obediência santa às leis de Deus - Hod, obtivemos a harmonia - Tiferet, a paz que excede todo entendimento, fomos justificados com a responsabilidade de nossas ações - Geburah e obtivemos o perdão - Hesed.
Assim, entramos em Binah e passamos a entender coisas que ainda eram obscuras em nossa vida espiritual. Passamos a entender o por que das coisas sagradas, da santificação, do templos, das religiões e de todo o trabalho espiritual a ser realizado em nossas vidas e daqueles que estiverem envolvidos em nossa missão.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Sephira Hesed - A misericórdia divina - O Perdão de Deus
Ao sermos
Justificados pelo trabalho em nós mesmos, pela submissão a legalidade
universal, pelo domínio e vitória de nossa natureza espiritual, de nosso
espírito e assim pela realizando a harmonia interior, entramos na esfera
do perdão divino, na graça de Deus realizada em Cristo e toda ligação que
tínhamos com os desejos-pensamentos-emoções é quebrada; realizando assim a Real
Libertação por que conhecemos a verdade como ela é: "E conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará." (João 8 : 32)
Estamos na esfera de Hesed, a sefira da Misericórdia Divina e realizamos em nós a fórmula que diz: "Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." (Isaías 1 : 18) Aqui somos totalmente perdoados, pois quem aqui chega já não é mais mundano, um homem animal, mais sim um homem divino; um ser cristico.
Um ser cristico é um ser totalmente transformado, onde dentro de si impera firmemente a Submissão a hierarquia espiritual e tem a consciência de fazer parte de um organismo oculto, mas totalmente emanente e a este organismo reconhece como a Verdade Universal. Um ser cristico é totalmente liberto das ilusões e encantamentos com que a maioria das coisas no plano físico se apresentam, pois ele consegue enxergar a essência destas coisas e ver a sua "realidade" e os seus "motivos".
Lembremos que estamos subindo os caminhos da árvore - os planos do universos - e realizando as sua sefiras - preceitos universais. Isto significa que estamos sutilizando o nosso ser, transformando-o pela perseverança em nos tornar perfeitos como o nosso Genitor é Perfeito. Estamos subindo de Malkut - mundo físico e visível - a Keter - mundo espiritual, Morada do Altíssimo, a Coroa da Vida ou ainda a Consciência. E estamos fazendo isto através dos estudos das leis que regem este caminhar, este desenvolvimento espiritual e realizando em nosso modo de viver. Subir na árvore significa se santificar, realizando a palavra de Deus, que para nós cabalistas cristãos se manifesta dentro de nós como voz da consciência. Eis aí a única maneira de realizar Hesed: Assimilar a Voz de Deus que usa a voz de nossa consciência-espírito e se guiar única e exclusivamente por Ela. "E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias." (Oséias 2:19)
Está bem claro que a coluna da esquerda representa os esforços em que a nossa alma deve fazer para conquistar os resultados proporcionados pela Providência divina representada pela coluna da esquerda. Somente passamos do trabalho sobre a Justiça para a recepção do resultado da Misericórdia quando realizamos uma harmonia perfeita entre os dois preceitos, entre estas duas leis. "Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade." (Daniel 4:27)
"Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai o campo de lavoura; porque é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre vós." (Oséias 10:12)
O perdão de Deus representado nesta sefira é algo que vem do alto e nunca por nossas ações, é algo inestimável, pois tínhamos um valor a ser pago, uma dívida por causa de nossos crimes contra o universo. Mas Cristo realizou por cada um de nós a sefira da Justiça pagando caríssimo por nossas dívidas e por isso temos manifestada em nosso mundo a sefira da Misericórdia; sendo que esta somente pode ser realizada se primeiro aquela também for e esse realizar significa um despejar da Taça da Justiça. "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo," (Tito 3:5)
Lembremos sempre e principalmente ao nos depararmos com a sefira da Misericórdia: De que somos totalmente dependentes do Criador, que sem Ele nada poderemos fazer e se chegamos até aqui, ou seja, perdoados por Deus, é totalmente por mérito dele. "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado." (Romanos 4 : 8) e "Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano." (Salmos 32:2)
Ao recebermos o perdão estamos aptos para entramos na Morada Divina, no Coração de Deus, na Coroa da Vida, pois a santidade habita o nosso ser. "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Apocalipse 2 : 10), "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações." (Tiago 4 : 8)
Estamos na esfera de Hesed, a sefira da Misericórdia Divina e realizamos em nós a fórmula que diz: "Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." (Isaías 1 : 18) Aqui somos totalmente perdoados, pois quem aqui chega já não é mais mundano, um homem animal, mais sim um homem divino; um ser cristico.
Um ser cristico é um ser totalmente transformado, onde dentro de si impera firmemente a Submissão a hierarquia espiritual e tem a consciência de fazer parte de um organismo oculto, mas totalmente emanente e a este organismo reconhece como a Verdade Universal. Um ser cristico é totalmente liberto das ilusões e encantamentos com que a maioria das coisas no plano físico se apresentam, pois ele consegue enxergar a essência destas coisas e ver a sua "realidade" e os seus "motivos".
Lembremos que estamos subindo os caminhos da árvore - os planos do universos - e realizando as sua sefiras - preceitos universais. Isto significa que estamos sutilizando o nosso ser, transformando-o pela perseverança em nos tornar perfeitos como o nosso Genitor é Perfeito. Estamos subindo de Malkut - mundo físico e visível - a Keter - mundo espiritual, Morada do Altíssimo, a Coroa da Vida ou ainda a Consciência. E estamos fazendo isto através dos estudos das leis que regem este caminhar, este desenvolvimento espiritual e realizando em nosso modo de viver. Subir na árvore significa se santificar, realizando a palavra de Deus, que para nós cabalistas cristãos se manifesta dentro de nós como voz da consciência. Eis aí a única maneira de realizar Hesed: Assimilar a Voz de Deus que usa a voz de nossa consciência-espírito e se guiar única e exclusivamente por Ela. "E desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias." (Oséias 2:19)
Está bem claro que a coluna da esquerda representa os esforços em que a nossa alma deve fazer para conquistar os resultados proporcionados pela Providência divina representada pela coluna da esquerda. Somente passamos do trabalho sobre a Justiça para a recepção do resultado da Misericórdia quando realizamos uma harmonia perfeita entre os dois preceitos, entre estas duas leis. "Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue a tua tranqüilidade." (Daniel 4:27)
"Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai o campo de lavoura; porque é tempo de buscar ao SENHOR, até que venha e chova a justiça sobre vós." (Oséias 10:12)
O perdão de Deus representado nesta sefira é algo que vem do alto e nunca por nossas ações, é algo inestimável, pois tínhamos um valor a ser pago, uma dívida por causa de nossos crimes contra o universo. Mas Cristo realizou por cada um de nós a sefira da Justiça pagando caríssimo por nossas dívidas e por isso temos manifestada em nosso mundo a sefira da Misericórdia; sendo que esta somente pode ser realizada se primeiro aquela também for e esse realizar significa um despejar da Taça da Justiça. "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo," (Tito 3:5)
Lembremos sempre e principalmente ao nos depararmos com a sefira da Misericórdia: De que somos totalmente dependentes do Criador, que sem Ele nada poderemos fazer e se chegamos até aqui, ou seja, perdoados por Deus, é totalmente por mérito dele. "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado." (Romanos 4 : 8) e "Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano." (Salmos 32:2)
Ao recebermos o perdão estamos aptos para entramos na Morada Divina, no Coração de Deus, na Coroa da Vida, pois a santidade habita o nosso ser. "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Apocalipse 2 : 10), "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações." (Tiago 4 : 8)
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